Ultima actualização: 30 Maio - 14:00
EURO RETOMA TENDÊNCIA DE LONGO-PRAZO DESCENDENTE APÓS CHUMBO FRANCÊS À CONSTITUIÇÃO EUROPEIA.
Na noite de Sexta-feira, em jeito de recuperação do teste aos 1,25 o EURO conseguiu caminhar até perto do meu target dos 1,26... de facto, ficou apenas a 9 pips de o tocar. Tornando-se agora esta, uma resistência de médio-prazo. E foi assim que fechou a semana passada.
Esta semana, foi o inverso. Começou com um estouro do Euro depois das notícias de França, e o Euro abre a fazer um GAP down no gráfico horário de quase 50 pips (um buraco deixado em aberto).
Nessas primeiras horas da madrugada, o Euro só parou de cair nas imediações dos 1,25 (estes valores redondos e psicológicos funcionam quase sempre como trampolins para repelir os preços, pelo menos temporáriamente).
O ressalto foi rápido e forte até aos 1,2544 (logo, não fechou o GAP mencionado acima que se situa nos 1,2585), nessa altura parou a sua subida, pois coincidiu com o início da sessão asiática por volta das 2:00. Desde então, foi ver os japoneses vender Euros a noite toda mas de um modo ordeiro. A aceleração das quedas deu-se após o início da sessão europeia, e ainda antes do meio-dia tinhamos já o EURO a furar abaixo dos 1,25, e fazendo pouco depois, novos mínimos do ano.
Há momentos atrás, tivémos um novo mínimo do ano (até ao momento) nos 1,2464, o que representa já:
336 pips de lucro em 2 semanas para o investidor hipotético que tivésse vendido a 1,28, quando iniciei este tópico.
E agora?
Bom, acho que ainda não atingimos os mínimos do dia, mas também vos digo que não consigo prever qual vai ser ele. A única projecção que fiz foi para o longo-prazo e essa diz que o EURO deve atingir a zona de preços entre os 1,2300-1,2000. Esta é que deve ser a última paragem do EURO.
Mas é óbvio que em qualquer mercado nada cai (nem sobe) em linha recta, mas sim em ONDAS... um movimento ondulatório de constantes avanços e recuos que ora se chamam ondas impulsivas (a favor da tendência principal) ora se chamam ondas correctivas (contra a tendência pricipal). Em termos práticos isto serve para termos a noção que durante uma tendência de queda, deve-se aproveitar as ondas impulsivas (portanto, a favor da nossa posição) para fixar lucros fechando algumas posições parciais, e aproveitar as ondas correctivas para abrir novas posições no sentido da tendência principal.
E em que onda estamos agora? Numa onda Impulsiva, isto é, no sentido da tendência principal de longo-prazo, no sentido da tendência de médio-prazo e também no sentido da tendência de curto-prazo. Isto é, estamos naquela fase em que é já um bocadinho arriscado abrir posições novas (no sentido da tendência) neste momento. Pois isso viola a nossa teoria discriminada acima.
Então o que nos resta fazer? Fechar posições. Imeditamente? Não necessáriamente. Eu aproveitaria para fechar posições short pelo menos parciais em uma de 2 situações:
1 - se existir um enormíssimo SPIKE descendente que indique uma exaustão do movimento (normalmente associado a um grande susto do mercado, onde todos ou quase todos vendem ao mesmo tempo - vimos isso na semana passada, com a queda muito súbita abaixo dos 1,25) e nessa altura, como restam muito poucos para vender, normalmente começamos a assistir ao fecho de posiões short, o que provoca a subida temporária dos preços.
2- se existir uma lenta mas consistente tendência de subida de curto-prazo, que, técnicamente avaliada, aparenta ter condições para colocar em causa, importantes valores de referência no médio-prazo, e potencialmente, invertendo mesmo essa tendência de médio-prazo. Nessa altura não vale a pena estar a remar contra a maré, mantendo abertas posições que estão a diminuir em lucro consistentemente e o melhor mesmo, é fechar algumas posições short, para procurar reabri-las a valores um pouco mais altos, quando os compradores aparentemente se esgotarem. Importante nesta altura, verificar até que ponto a recuperação se estendeu, e avaliar o seu impacto na tendência de longo e médio-prazo para avaliar se houve alteração das mesmas!
E o euro está agora à espera de uma dessas 2 hipóteses.
Pessoalmente, acredito mais na 2ª hipótese. Um pouco como aconteceu na madrugada de 6ª feira, em que o EURO começou uma lenta escalada ascendente, corrigindo das quedas de Quinta que o levaram até aos 1,25. Porquê? Porque hoje é feriado nos EUA e em Inglaterra, e esses importantes investidores poderão não ajudar a contribuir para fortes impulsos descendentes que criem uma situação de exaustão tal como caracterizada na 1ª hipótese. Mas amanhã, por outro lado, isso pode acontecer.
Portanto, para hoje, resta-nos aguardar, mas creio que grande parte do impacto da notícia do referendo Françês já está incorporada nesta fase do dia. E por isso, não faz muito sentido quedas acelerarem neste momento. Aliás, até considero que o mais arriscado a fazer NESTE instante, é shortar.
De facto, este resultado do referendo até não foi grande surpresa... pois todas as sondagens já apontavam nesse sentido há semanas, e por isso talvez as quedas das últimas semanas reflectissem já isso mesmo... e se assim foi, podemos estar perante um caso clássico de "VENDER NO RUMOR, COMPRAR NAS NOTÍCIAS"... isto é, os investidores experientes, já teriam vendido muito antes de ser votado o referendo ontem, e nesta fase, em que a notícia já é pública, poderão estar já a iniciar as suas compras, tanto para fechar as posições short de longo-prazo, como para abrir novas posições longas de curto e médio-prazo.
E este é mais um argumento a favor daquilo que eu dizia acima, em que esta é talvez a fase mais arriscada para shortar. Mas também nada nos obriga neste preciso instante a fecharmos os shorts todos pois amanhã, com a entrada dos EUA e Inglaterra no jogo, as quedas podem ganhar novo fôlego.
Sendo assim, se não há argumentos nem para compramos nem para vendemos neste preciso instante, o que resta é a 3ª alternativa clássica do trader: Esperar.
E assim, recomendo que esperemos por novos desenvolvimentos, para reavaliarmos a nossa situação, se for caso disso.
TENDÊNCIA DE LONGO-PRAZO: NEGATIVA
TENDÊNCIA DE MÉDIO-PRAZO: NEGATIVA
TENDÊNCIA DE CURTO-PRAZO: NEGATIVA
Valores que nos fariam reavaliar a prespectiva de médio-prazo: subida acima dos 1,25
Valores que nos fariam reavaliar a prespectiva de curto-prazo: nenhuns, para já, mas apartir das 1,2485, as subidas podem começar a animar um pouquinho no curto-prazo. Por outro lado, se isso não acontecer nas próximas horas, é porque poderemos ver novos mínimos do ano ainda hoje. Vamos continuar a observar.
Espero que este tópico e análises continuem a ser-vos úteis, não só na altura em que o criei (estava o EUR a 1,28 ), mas que também continuem a ser úteis agora.
Continuação de Bons Negócios.
segunda-feira, maio 30, 2005
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