Actualização 30 Maio - 18H23
Sobre os gaps, é verdade, só considero o início da sessão semanal apartir da meia-noite, é por isso que o meu gap é maior. Mas também pouco interessa. Técnicamente falando, quase todos os gaps têm tendência a ser fechados (especialmente no forex, onde até agora, pessoalmente nunca vi um gap que ficásse para sempre em aberto). Mas a propósito desta infalibilidade da teoria dos gaps também te digo... há gaps no indice DOW JONES por exemplo, que nunca foram fechados desde 1933. Já lá vão uns anitos, e se o DOW JONES alguma vez os fechar, é porque algum cataclismo aconteceu no mundo. Mas em contrapartida salvava-se a honra da teoria dos gaps.
Sobre o resto da tua mensagem, queria dizer-te que nenhum indicador, por melhor que ele se tenha portado no passado, garante igual performance no futuro, e além disso, garanto-te que falha ocasionalmente. Todos os indicadores, todos os sistemas, todos os métodos. Isto porque, nos mercados nada é 100% infalível. E podemos ter sucesso com esses métodos falíveis. A única coisa que devemos tomar cuidado é em controlar as perdas, quando os métodos/indicadores falham. Porque falham.
Essa divergência no MACD é um exemplo disso. Imagino que se alterares os parâmetros do MACD talvez ele já não te dê a divergência, mas se te dás bem com os parâmetros como estão, não os alteres, isso é contigo, claro. O que eu quero dizer com isto, é que tudo é relativo. Nada está escrito na pedra que deve acontecer isto ou aquilo. Nenhum indicador te GARANTE nada.
O que conta para mim, é o preço. O gráfico puro e duro. Sem indicadores nenhuns. Isso é a única REALIDADE. Tudo o resto são interpretações dessa mesma realidade. Os indicadores, na sua forma matemática (a deusa matemática) são apenas uma interpretação. Não são a realidade própriamente dita.
Isto para dizer que, quando temos dúvidas sobre os indicadores, viremo-nos para os preços. Usamos o melhor computador do mundo, que todos nós temos (o nosso cérebro), e analisamos os padrões. Usamos o nosso feeling (porque não?), não é vergonha nenhuma dizer que usamos o feeling aqui e ali ao longo da nossa carreira de traders, pois o feeling é um subproduto da nossa experiência nos mercados. É claro que devemos condicionar esse feeling a dados concretos e objectivos (à tal realidade dos gráficos puros só com os preços), e não aos nossos desejos ou preferências. Devemos olhar para os gráficos com a mente completamente limpa dessas interferências, para os poder observar com claridade e tirar daí as nossas conclusões. Os preços estão a subir? Não vamos ignorar isso, imaginando que estão a descer. Os preços estão a andar de lado? Não vamos ignorar isso imaginando que estão a subir. Enfim, devemos ser honestos connosco próprios e com a realidade. Só assim o mercado nos pode recompensar.
O mercado CASTIGA SEMPRE mais tarde ou mais cedo, todas as nossas falhas de carácter. E pune-as com dinheiro vivo! O mercado é um local caro para aprendermos sobre nós próprios e os nossos defeitos! Eu sei, porque já paguei muito dinheiro por essas lições. E todos passaram por isto, mesmo os que vangloriam de ser estrelas na bolsa... A verdade é que todos já faliram ou vão falir na bolsa (às vezes várias vezes) até aprenderem o que é preciso aprender, é um processo natural e incontornável pelo qual todos temos de passar. Porque ninguém nasce perfeito ou sábio.
Já que estamos nesta fase, dos feelings, digo também, que isso é um processo individual. Cada um tem o seu. Entramos no campo da subjectividade, onde a frieza dos indicadores matemáticos incontestáveis não se aplica. E assim te digo, que na minha opinião, os preços parecem-me estar a "andar de lado"! Mas mesmo absolutamente de lado! E a gente já aprendeu que os preços não andam de lado para sempre. Nas últimas horas contudo, eu arrisco dizer que me parece ver uma sequência de máximos cada vez mais baixos, isto apesar de os 1,2464 não quererem furar definitivamente.
Acho que a Europa está à espera que os EUA venham dizer a sua palavra sobre o chumbo francês ao referendo. Mas antes disso, os Asiáticos, vão ter a sua segunda oportunidade de o fazerem (ontem tiveram a primeira). E aposto que isso vai desbloquear o EURO do seu range actual, ainda antes da abertura Europeia amanhã.
Mas atenção, se houver uma quebra para baixo (dos 1,2465), isso poderá ser de curta duração, muito ao estilo do que aconteceu na tarde da Quinta-feira passada após o breve spike abaixo dos 1,2500 e que sofreu um ressalto de 100 pips logo no dia seguinte. Portanto, cuidado com essas expectativas de descalabros em pânico. Nada cai em linha recta (ver o meu post anterior).
Por outro lado, a favor da actual tendência, posso dizer que também não há qualquer vestígio de vontade de comprar, com um máximo ocasional de 10 pips de ressalto sempre que os 1,2465 são tocados, e isto já dura há horas... Não me parece ser hoje que isto sobe fulgurantemente (a Europa está já a fechar). Se subir vai ser com a ajuda japonesa, mas para a abertura desse mercado, ainda faltam umas espantosas 8 horas.
E algumas coisas podem acontecer até lá! Qualquer coisa pode acontecer, sinceramente.
Talvez seja necessário um spike para novos mínimos do ano, antes de aparecerem compradores com vontade forte de comprar e que levem isto mais alto (como na Quinta-feira passada). Pelo menos, eles mostram que estão activos a comprar tudo o que cai abaixo dos 1,2466 já há várias horas. Não compram activamente, mas compram passivamente, sem dar nas vistas. E isto é uma habilidade dos profissionais. Acredito que estes devem mesmo estar à espera do tal spike (um ou vários grandes investidores que vendam um bom lote que faça cair abruptamente) para servir de "gatilho" para um ressalto maior.
Até lá, quem está short, não tem ainda razões para fechar.
As tendências continuam de queda. Todas elas. E a de curto-prazo só vira moderadamente para cima de acordo com os meus indicadores, se passar os 1,2476 (eu fecharia alguns shorts se subir até aí, e mais alguns se continuar acima dos 1,25). Quanto ao médio-prazo, só requer uma revisão caso suba consistentemente acima dos 1,25 (spikes não valem).
Até à próxima.
Continuação de bons negócios.
segunda-feira, maio 30, 2005
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