Já se começa a perguntar a impensável pergunta:
"Depois de assumir o enorme esforço das perdas colossais das Fannie Mae / Freddie Mac, o Tesouro dos EUA poderá vir a perder a sua classificação máxima de 'AAA' (Triplo-A) ?"
A verdadeira questão não é essa, mas sim, se os serviços de classificação (rating) de qualidade de crédito que atribuem essa classificação (a Moody's Inc ou a S&P), têm sido eficazes no passado na sua classificação do risco de crédito dos Estados ou das empresas... E os factos mostram que eles costumam andar sempre atrasados em relação à realidade ou que apenas sabem os factos quando toda a gente também já os sabe. Isso não é o que seria de esperar de serviços que deviam fazer investigação cuidadosa antes de emitir essas classificações de qualidade.
Exemplos recentes:
-* Classificaram favorávelmente a Enron, apesar de a empresa estar em queda livre e se tornar a maior falência na história dos EUA (USD 68 Biliões de perdas).
-* Classificaram com a nota máxima "AAA" tanto a MBIA como a AMBAC quando as acções já tinham perdido 50% do valor e só depois de as acções terem perdido mais de 90% do valor, é que retiraram a classificação máxima atribuída a estas empresas.
-* Conclusão: os serviços de "rating" revelaram-se escandalosamente ineficazes nestes exemplos cruciais. E apesar de ainda manterem a classificação de AAA para o Tesouro dos EUA, quem pode continuar a confiar nestas classificações?
A julgar pela continuação das queda do U.S. Dollar, muito pouca gente está confiante no futuro dos EUA...
Os mercados falam mais alto do que as empresas de rating: o par EURUSD reconquistou os 1.6000 nesta terça-feira ... a valorização de longo-prazo do EUR contra o USD continua intacta, mas devido a estarmos em cima de uma resistência de número redondo, poderão existir algumas tomadas de mais-valias no curto-prazo a estes níveis.
"Siga a tendência. A tendência é sua amiga.", dizem os old traders.
Já não se trata agora de procurar oportunidades de ganhar dinheiro, mas sim, da própria segurança do capital... É altura de ter cuidado e questionarmo-nos sobre a própria segurança do nosso dinheiro, onde quer que ele esteja aplicado ou simplesmente depositado, neste momento.
Aconteça o que acontecer, estes são *já são* tempos históricos.
quarta-feira, julho 16, 2008
sábado, julho 12, 2008
O Colapso do sistema financeiro mundial
A falência iminente do Fannie Mae e Freddie Mac, as duas maiores agências hipotecárias dos EUA que ficou em evidência nesta 6ª feira, não pode acontecer sob pena de arrastar consigo todo o sistema financeiro e bancário americano e mundial que possuem fortes ligações a estas duas instituições.
Existe um ditado de Wallstreet que se aplica a empresas muito grandes como estas que afirma: "Too big to fail" ("demasiado importante para falir"). Sendo assim, o governo americano (que irónicamente foi quem ajudou a criar este monstro, baseado em corrupção e fraudes contabilisticas que fazem parecer o caso Enron uma brincadeira de crianças) deverá intervir para salvá-las, nacionalizando estas 2 instituições.
Este é o ponto em que estamos.
Mas isso não será o fim da história. Existe o chamado "efeito dominó"... a primeira peça de dominó já caiu, e agora é só uma questão de tempo até todo o Sistema ser afectado, uma instituição após a outra, uma falência bacária após a outra... O descrédito que essa operação política lançará sobre a sustentabilidade e a credibilidade do Tesouro Americano que aceita carregar nos seus ombros a tarefa de salvar este "Titanic" à custa dos dinheiros públicos, levará à continuação da fuga de capitais e ao receio de investir, o que prolongará a desvalorização do Dólar e das bolsas em todo o mundo, até que todo o sistema seja purgado e saneado das últimas décadas de abusos e de desleixos crónicos, motivados pela ganância dos lucros rápidos na banca, e de políticas corruptas e irresponsáveis aos mais altos níveis.
A memória que perdura mais fortemente na mente humana é a do sofrimento e a do medo, por isso levará muito tempo a recuperar a confiança dos investidores e dos agentes financeiros gravemente atingidos pela actual crise e que não puderam/souberam escapar a tempo... A menos que, súbitamente, tudo fique a preço de saldo e que a relação preço/risco seja mais confortável (o que poderá acontecer após um CRASH por exemplo). Logo, será inevitável a continuação da desvalorização dos activos de risco até que essa baixa relação preço/risco seja novamente percepcionada pelos investidores: ou terão de baixar os preços dos activos, ou terá de baixar o risco. Só nessa altura os investidores regressarão às bolsas e só nessa altura as quedas cessarão.
E nem consigo imaginar as crises sociais que poderão advir deste estado caótico de coisas.
Ver este artigo: "O Frankenstein Financeiro está à solta":
http://www.elliottwave.com/freeupdates/archives/2008/07/11/The-Financial-Frankenstein-is-On-The-Loose.aspx
Existe um ditado de Wallstreet que se aplica a empresas muito grandes como estas que afirma: "Too big to fail" ("demasiado importante para falir"). Sendo assim, o governo americano (que irónicamente foi quem ajudou a criar este monstro, baseado em corrupção e fraudes contabilisticas que fazem parecer o caso Enron uma brincadeira de crianças) deverá intervir para salvá-las, nacionalizando estas 2 instituições.
Este é o ponto em que estamos.
Mas isso não será o fim da história. Existe o chamado "efeito dominó"... a primeira peça de dominó já caiu, e agora é só uma questão de tempo até todo o Sistema ser afectado, uma instituição após a outra, uma falência bacária após a outra... O descrédito que essa operação política lançará sobre a sustentabilidade e a credibilidade do Tesouro Americano que aceita carregar nos seus ombros a tarefa de salvar este "Titanic" à custa dos dinheiros públicos, levará à continuação da fuga de capitais e ao receio de investir, o que prolongará a desvalorização do Dólar e das bolsas em todo o mundo, até que todo o sistema seja purgado e saneado das últimas décadas de abusos e de desleixos crónicos, motivados pela ganância dos lucros rápidos na banca, e de políticas corruptas e irresponsáveis aos mais altos níveis.
A memória que perdura mais fortemente na mente humana é a do sofrimento e a do medo, por isso levará muito tempo a recuperar a confiança dos investidores e dos agentes financeiros gravemente atingidos pela actual crise e que não puderam/souberam escapar a tempo... A menos que, súbitamente, tudo fique a preço de saldo e que a relação preço/risco seja mais confortável (o que poderá acontecer após um CRASH por exemplo). Logo, será inevitável a continuação da desvalorização dos activos de risco até que essa baixa relação preço/risco seja novamente percepcionada pelos investidores: ou terão de baixar os preços dos activos, ou terá de baixar o risco. Só nessa altura os investidores regressarão às bolsas e só nessa altura as quedas cessarão.
E nem consigo imaginar as crises sociais que poderão advir deste estado caótico de coisas.
Ver este artigo: "O Frankenstein Financeiro está à solta":
http://www.elliottwave.com/freeupdates/archives/2008/07/11/The-Financial-Frankenstein-is-On-The-Loose.aspx
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